
A indústria tem evoluído cada vez mais, e paralelo a isso a questão da sustentabilidade sempre é um assunto em pauta.
As empresas têm a responsabilidade de serem sustentáveis não apenas para cumprir as leis ambientais, mas também para proteger o meio ambiente e as comunidades circundantes.
Os consumidores também estão procurando empresas que compartilham seus valores ambientais, tornando a sustentabilidade industrial um compromisso necessário.
Embora a atividade industrial possa afetar negativamente os ecossistemas, existem tecnologias e métodos que podem minimizar esses danos.
Neste artigo, vamos provar que é possível adotar a sustentabilidade e, ao mesmo tempo, agregar valor ao negócio.
O que se entende por sustentabilidade industrial?
A sustentabilidade industrial refere-se às práticas benéficas que permitem às indústrias atender as demandas atuais sem comprometer as necessidades das próximas gerações, preservando os recursos naturais e promovendo o desenvolvimento social.
Portanto, o objetivo é gerar valor de forma inteligente e sustentável, utilizando fontes de energia renováveis e limitando os impactos negativos no meio ambiente para uma empresa de coleta de resíduos hospitalares, por exemplo.
Nos últimos anos tem havido um aumento significativo na preocupação com os efeitos da atividade industrial no planeta.
As consequências das ações humanas já estão sendo sentidas em forma de mudanças climáticas, ilhas de plástico nos oceanos e a extinção de diversas espécies animais nas últimas décadas.
Como funciona a indústria 4.0?
Essa nova revolução tecnológica é composta por Big Data, inteligência artificial, Internet das Coisas, orientação a serviços, conectividade entre equipamentos e modularidade dos processos. Os principais aspectos dessa revolução:
Computação em nuvem
A virtualização possibilita o monitoramento e a mensuração remota de todos os processos. A rastreabilidade é uma das principais vantagens de manter os dados em ambientes virtuais.
Imagine, por exemplo, uma empresa dedetizadora que precisa de todos os seus dados salvos em um ambiente seguro. Hoje, é possível fazer isso de forma rápida e segura.
Tempo real
Com a virtualização, ações em tempo real são possíveis, permitindo maior flexibilidade e controle sobre a produção.
Arquitetura orientada a dados
Também conhecida como SOA, a orientação a serviços permite obter dados de todas as áreas e integrá-los em um único ambiente. Essa integração permite a conexão com múltiplos dispositivos, possibilitando maior controle por meio da IoT.
Descentralização
Descentralizar é um dos maiores desafios das fábricas inteligentes, o que requer que cada módulo seja autossuficiente para ser gerenciado individualmente. Se a tomada de decisões for mais rápida, haverá um menor controle top-down e mais poder energético.
Modularidade
A modularidade representa o paralelismo de produção de emissor de mdf, por exemplo, permitindo que cada módulo seja responsável pela sua própria produção e gestão, possibilitando a customização sob demanda de produtos.
Essa flexibilidade é o que permite a assertividade e um controle maior dos custos.
Como surgiu a Indústria 4.0?
A Indústria 4.0, também conhecida como Quarta Revolução Industrial, surgiu em meados de 2010 como um projeto da estratégia de alta tecnologia do governo alemão, com o objetivo de promover a digitalização da manufatura.
Nessa nova forma de fabricação, os sistemas ciberfísicos monitoram os processos físicos, criando uma cópia virtual do mundo físico e tomando decisões de forma descentralizada.
Com a conexão de sensores às máquinas, os equipamentos se tornam inteligentes e capazes de tomar ações baseadas em dados coletados previamente, analisados na nuvem e combinados de infinitas formas.
Isso possibilita uma capacidade enorme de coleta, análise e armazenamento de dados na Indústria 4.0.
Ela representa a digitalização da produção, impulsionada por tecnologias como cloud, big data, analytics, IoT, inteligência artificial e realidade aumentada. Isso pode ser extremamente útil para diversos negócios, até mesmo para uma empresa de empilhadeira aluguel.
Para alcançar fábricas conectadas, produção inteligente descentralizada e sistemas de auto-otimização, é necessário convergir tecnologia da informação e tecnologia operacional, robótica, computação cognitiva e processos de fabricação.
Embora países como a Alemanha e os Estados Unidos tenham uma história de inovação tecnológica, há ainda muitos desafios a serem enfrentados, especialmente quando se trata da adesão de pequenas e médias empresas às novas tecnologias.
Já países em desenvolvimento, como a China e o Brasil, enfrentam ainda mais obstáculos, dada a falta histórica de incentivos do governo à tecnologia e o baixo investimento do setor privado em pesquisa.
A indústria 4.0 e a sustentabilidade
Atualmente, com tecnologias de rastreamento e exposição de informações, é possível fornecer um produto com todo o seu histórico, desde a matéria-prima até a chegada no ponto de venda, por meio de um QR Code.
Isso ajuda os negócios, como uma empresa de relógio de ponto, por exemplo a comprovarem sua responsabilidade ambiental, especialmente quando a origem vem de fontes sustentáveis.
O conceito de Indústria 4.0 por si só contribui para uma produção mais sustentável, uma vez que permite evitar desperdícios, usar manufatura aditiva e utilizar sensores para otimizar o gasto energético e hídrico das fábricas, evitando o desperdício de recursos naturais.
Tipos de indústria
Existem diversas maneiras de categorizar a atividade industrial, e podemos identificar três tipos principais de indústrias com base no tipo de mercadoria que produzem.
Estas são as indústrias de base, as de bens de consumo duráveis e as de bens de consumo não duráveis.
As indústrias de base fabricam bens de produção que são utilizados por outras indústrias para a fabricação de produtos finais.
As indústrias extrativas também se enquadram nessa categoria, pois atuam no processo de refinamento e transformação de matérias-primas recém-extraídas, como petróleo e minerais.
As indústrias de bens duráveis produzem mercadorias que têm uma vida útil prolongada, como carros, eletrodomésticos e eletrônicos. Esses produtos não são rapidamente consumidos e costumam ter um valor mais elevado.
Por fim, as indústrias de bens não duráveis fabricam mercadorias que são consumidas rapidamente, como alimentos, roupas e outros produtos de uso diário. Esses itens têm uma vida útil mais curta e são considerados perecíveis.
Embora essa classificação de indústrias seja útil, é importante lembrar que existem muitas outras maneiras de categorizar as atividades industriais.
Os efeitos da industrialização
A indústria é um dos principais agentes responsáveis pela transformação do espaço geográfico.
Quando uma área, como a de uma empresa de refeições coletivas, que antes não era industrializada passa a abrigar um número considerável de fábricas, é comum que ocorra um aumento no número de migrantes que se dirigem para a região, impulsionando a urbanização.
Com o aumento da população, há uma maior demanda por atividades comerciais e serviços, o que leva a uma expansão desses setores e geração de mais empregos.
Além disso, pode haver um aumento na arrecadação de impostos, embora nem sempre as grandes empresas contribuam significativamente para esse aspecto.
Existem vários outros efeitos da industrialização no espaço geográfico, que incluem mudanças no uso da terra, poluição ambiental e transformações na paisagem urbana.
Para compreender plenamente os impactos da industrialização, é importante considerar todas essas questões.
Indústria 4.0 no Brasil
A Indústria 4.0 é um conceito já conhecido no Brasil, mas a implementação dessa nova forma de indústria enfrenta grandes desafios. Momentos de incerteza, altos investimentos e burocracia são alguns dos obstáculos a serem superados.
Várias empresas, como uma de organização de documentos administrativos, no Brasil se impulsionam graças a digitalização das coisas.
Antes de adotar a Indústria 4.0, é essencial avaliar a situação atual da empresa e, a partir daí, criar estratégias e definir ações a serem tomadas.
Conclusão
Pensar em viver na atualidade sem as indústrias é praticamente impossível.
Entretanto, é crucial considerar algumas questões para garantir uma boa qualidade de vida para todos no futuro, como:
- Redução da poluição gerada no processo industrial;
- Preservação dos recursos hídricos;
- Preservação da fauna e flora local;
- Prevenção do desmatamento irresponsável.
A tecnologia oferecida pela Indústria 4.0 pode ser empregada para promover a sustentabilidade das empresas, já que os benefícios decorrentes são significativos.
É fundamental que a inovação traga benefícios não apenas para a empresa, mas também para a sociedade e o meio ambiente.
A sustentabilidade deve ser um dos pilares fundamentais da inovação, juntamente com o impacto econômico, social e com as soluções de transporte e logística. Todos esses aspectos devem ser considerados para que a inovação seja eficaz e duradoura.
O fortalecimento da inovação não se limita apenas à tecnologia e à automação, mas também envolve a criação e implementação de estratégias modernas de gestão.
É importante estimular a geração de ideias e a busca por soluções inovadoras em todas as áreas da empresa, visando sempre à melhoria contínua e ao equilíbrio entre o sucesso empresarial e a responsabilidade social e ambiental.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.
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